Para se entender melhor a história da colonização na região da Nhecolândia, temos que fazer uma viajem no tempo mais exatamente, no século XIX. Em 1845 casam-se em Poconé, MT, Joaquim José Gomes da Silva e Maria da Glória Pereira Leite, ela filha dos proprietários da rica Fazenda Jacobina, ele apesar de ser seu primo, era pobre e filho do pároco da fazenda, o padre Gomes.
Dois anos após o casamento o casal muda-se para Corumbá, MS, onde fundam a Fazenda Piraputangas, com muitos escravos, várias casas de telhas, alambique, plantações e criação de gado. Joaquim José Gomes da Silva recebe em 1862 o titulo de Barão de Vila Maria. Em 1864 tem início a Guerra do Paraguai e a invasão de Corumbá e região, sendo as fazendas saqueadas e destruídas pelos paraguaios.
O Barão de Vila Maria tentou resistir à invasão paraguaia com pedido de munição e armas e enviando 12 escravos alforriados e dois de seus filhos para o exército, sendo que um foi morto pelo inimigo. Sendo a tentativa inútil partiu junto com a família para o Rio de Janeiro, com intenção de avisar o Imperador D. Pedro II sobre a invasão. Após o término da guerra o barão retorna do Rio de Janeiro e encontra suas fazendas saqueadas, começando então seu declínio financeiro. Em 1876 a bordo do navio Madeira o barão morre aos 51 anos. Dois anos após sua morte, seu filho Joaquim Eugênio Gomes da Silva, o Nheco, casa-se na Vila de Nossa Senhora do Livramento, MT, com Maria Mercedes Leite de Barros e volta para Corumbá com propósito de recuperar os direitos sobre o que restou da herança do barão. Após sua chegada em Corumbá, Nheco constata que as únicas terras de seu pai que sobraram, após o pagamento das dívidas, foram as terras da Fazenda Firme.
Nheco contrata alguns bugres conhecedores da região e parte com sua família para localizar o local exato da Fazenda Firme, que fora destruída pelos paraguaios durante a guerra, era o ano de 1880. Após quatro dias de viajem o grupo chega ao local, tudo estava destruído. Começou então um período de muito trabalho e sacrifícios. Com o passar dos anos foram chegando à Fazenda Firme os parentes de Nheco e Maria Mercedes. Em 1885 João Batista de Barros (Janjão), irmão de Maria Mercedes muda-se para a fazenda.
Nos anos seguintes vieram os outros irmãos que haviam ficado em Livramento, MT. Em 1894 chega José de Barros (Jejé) e em 1895 foi a vez de Gabriel Patrício de Barros (Bié). Os anos se passavam e mais parentes dos Barros e dos Gomes da Silva, chegavam para ajudar Nheco a desbravar os campos da região que foi batizada em sua homenagem: NHECOLÂNDIA. Em 1921, Antonio Luiz de Barros, filho de Bié, adquire com a ajuda dos filhos as terras da Fazenda Pouso Alto, no centro da Nhecolândia.
Com o falecimento de Antonio Luíz suas terras são divididas para os oito filhos, cinco homens e três mulheres. A sede da Fazenda Pouso Alto passa a pertencer a Paulino Luíz de Barros e o restante da área deu origem às fazendas: Baía dos Patos, Horizonte e Santa Bárbara. Atualmente a Fazenda Pouso Alto pertence ao filho caçula de Paulino Luiz de Barros, Nildo José de Barros. A construção da pousada, foi uma iniciativa de dois filhos de Nildo, Fernando e Reginaldo, que acreditando no potencial existente na fazenda investiram na reforma de duas casas de funcionários que não eram mais usadas, nascendo assim a POUSADA MANGABAL. Fernando Luíz Lima de Barros.
"A ocupação dessa área nem de longe se assemelha à corrida desenfreada de lutas por apossamentos, frequentes na história das colonizações. Ela foi feita em um ordenado processo, firme e persistente, e, na maioria absoluta das vezes, a titulação das terras antecedia as posses. Como me referi na apresentação dessa gente, não houve aqui um único tiro por questões de terra. Mesmo disputa cartorária ou judicial de importância, se houve, não deixou notícia. Tudo se fez com íntima cooperação , respeito e ajuda mútua entre todos. Unia-os a mesma origem, o mesmo espírito, os mesmos princípios, a mesma cultura, traços que buscamos identificar nesse clã que chamamos "nossa gente" do Livramento." Leite de Barros, Abílio "Gente Pantaneira", pag.93
Nheco contrata alguns bugres conhecedores da região e parte com sua família para localizar o local exato da Fazenda Firme, que fora destruída pelos paraguaios durante a guerra, era o ano de 1880. Após quatro dias de viajem o grupo chega ao local, tudo estava destruído. Começou então um período de muito trabalho e sacrifícios. Com o passar dos anos foram chegando à Fazenda Firme os parentes de Nheco e Maria Mercedes. Em 1885 João Batista de Barros (Janjão), irmão de Maria Mercedes muda-se para a fazenda.
Nos anos seguintes vieram os outros irmãos que haviam ficado em Livramento, MT. Em 1894 chega José de Barros (Jejé) e em 1895 foi a vez de Gabriel Patrício de Barros (Bié). Os anos se passavam e mais parentes dos Barros e dos Gomes da Silva, chegavam para ajudar Nheco a desbravar os campos da região que foi batizada em sua homenagem: NHECOLÂNDIA. Em 1921, Antonio Luiz de Barros, filho de Bié, adquire com a ajuda dos filhos as terras da Fazenda Pouso Alto, no centro da Nhecolândia.
Com o falecimento de Antonio Luíz suas terras são divididas para os oito filhos, cinco homens e três mulheres. A sede da Fazenda Pouso Alto passa a pertencer a Paulino Luíz de Barros e o restante da área deu origem às fazendas: Baía dos Patos, Horizonte e Santa Bárbara. Atualmente a Fazenda Pouso Alto pertence ao filho caçula de Paulino Luiz de Barros, Nildo José de Barros. A construção da pousada, foi uma iniciativa de dois filhos de Nildo, Fernando e Reginaldo, que acreditando no potencial existente na fazenda investiram na reforma de duas casas de funcionários que não eram mais usadas, nascendo assim a POUSADA MANGABAL. Fernando Luíz Lima de Barros.
"A ocupação dessa área nem de longe se assemelha à corrida desenfreada de lutas por apossamentos, frequentes na história das colonizações. Ela foi feita em um ordenado processo, firme e persistente, e, na maioria absoluta das vezes, a titulação das terras antecedia as posses. Como me referi na apresentação dessa gente, não houve aqui um único tiro por questões de terra. Mesmo disputa cartorária ou judicial de importância, se houve, não deixou notícia. Tudo se fez com íntima cooperação , respeito e ajuda mútua entre todos. Unia-os a mesma origem, o mesmo espírito, os mesmos princípios, a mesma cultura, traços que buscamos identificar nesse clã que chamamos "nossa gente" do Livramento." Leite de Barros, Abílio "Gente Pantaneira", pag.93
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