Pantanal Solidão

Mas para quem vive aqui a gente ainda se sente solitário...
Castiga, dói na alma.

O vento forte, as estrelas do alto, o céu de tão preto fica quase azul e a lua cheia com sua luz, nos aconselha.

Sabemos realmente o que é falar com Deus.
Aqui você sente, toca e ouve, ele está presente.

O pantaneiro tem esperança no tempo.
Medo e virtudes em cima do cavalo.

Sede de razão, gente só.
Um não compreendido.

Amante da lua e estrelas.
Noites quentes de verão.

O mosquito... é testemhuma da solidão.
O amor não correspondido, derruba o pantaneiro.

Sofre de dor o dia todo, não consegue fazer nada sozinho neste mundão.
O coração apertado que nem faca na baínha.

Acredita no tempo e passa seu dia na lida e pensando na morena.
Não esta em paz consigo.

Sentindo um lixo e sozinho nesse mundo de Deus, longe de tudo e de todos.
Tem sede de paixão e ao mesmo tempo medo da inveja.

Tão sozinho igual um vagalume.
Está jogado de lado igual a uma traia velha num galpão de arreio abandonado.

O pantaneiro é forte mais as vezes chora como criança.
Usa seu laço pra buscar a morena, sem nenhum arrependimento, o não compreendido põem-se na garupa de seu alazão e sai pelo estradão levantando poeira.

O tempo de tristezas acabaram.
Tem vontade de voar como uma garça.

De tão feliz quer sair correndo igual o cavalo que está solto no campo, sem rumo sem distino.
Fazendo rastro na poeira. Sabe que a raiz é aqui, aqui é seu mundo.

O Pantaneiro respeita a todos e a tudo, principalmente a lei de DEUS.
O Pantanal é maravilhoso, porém as vezes solitário!

Um forte abraço aos H e um Grande beijo as M.


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